Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2014

Sempre a sorrir...

Dia Mundial da Dança 2014

A DANÇA Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio  ou flecha de cravos que propagam o fogo:   te amo secretamente, entre a sombra e a alma. Te amo como a planta que não floresce e leva  dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,  e graças a teu amor vive escuro em meu corpo  o apertado aroma que ascender da terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,  te amo diretamente sem problemas nem orgulho:  assim te amo porque não sei amar de outra maneira,  Se não assim deste modo em que não sou nem és  tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha  tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Um ano depois....

Faz hoje um ano que a Rita na Lua nasceu :))) Este blog nasceu de um gosto muito grande de partilhar livros e leituras :)) Ao fim de um ano e com 16296 visitas o saldo é muito positivo:)) Obrigada a todos pelos vossos comentários. A Rita na Lua esta Feliz...

Lamento para a língua portuguesa

Não podia estar mais de acordo... Não és mais do que as outras, mas és nossa,  e crescemos em ti. nem se imagina  que alguma vez uma outra língua possa  pôr-te incolor, ou inodora, insossa,  ser remédio brutal, mera aspirina,  ou tirar-nos de vez de alguma fossa,  ou dar-nos vida nova e repentina.  mas é o teu país que te destroça,  o teu próprio país quer-te esquecer  e a sua condição te contamina  e no seu dia-a-dia te assassina.  mostras por ti o que lhe vais fazer:  vai-se por cá mingando e desistindo,  e desde ti nos deitas a perder  e fazes com que fuja o teu poder  enquanto o mundo vai de nós fugindo:  ruiu a casa que és do nosso ser  e este anda por isso desavindo  connosco, no sentir e no entender,  mas sem que a desavença nos importe  nós já falamos nem sequer fingindo  que só ruínas vamos repetindo.  talvez seja o processo ou o desnorte  que mostra como é realidade  a relação da língua com a morte,  o nó que faz com ela e que entrecorte  a corrente da vida na cidade.  mai

Vasco Graça Moura

São muitas as palavras que definem este homem da palavra. Escritor, poeta, ensaísta, cronista, tradutor: Vasco Graça Moura era tudo isto e muito mais. Morreu este domingo aos 72 anos. Blues da morte de amor Já ninguém morre de amor, eu uma vez  andei lá perto, estive mesmo quase,  era um tempo de humores bem sacudidos,  depressões sincopadas, bem graves, minha querida,  mas afinal não morri, como se vê, ah, não,  passava o tempo a ouvir deus e música de jazz,  emagreci bastante, mas safei-me à justa, oh yes,  ah, sim, pela noite dentro, minha querida.  a gente sopra e não atina, há um aperto  no coração, uma tensão no clarinete e  tão desgraçado o que senti, mas realmente,  mas realmente eu nunca tive jeito, ah, não,  eu nunca tive queda para kamikaze,  é tudo uma questão de swing, de swing, minha querida,  saber sair a tempo, saber sair, é claro, mas saber,  e eu não me arrependi, minha querida, ah, não, ah, sim.  há ritmos na rua que vêm de casa em casa,  ao acender das

Liberdade

25 de Abril Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo Sophia de Mello Breyner Andresen,  O Nome das Coisas , 1974  

Dia Mundial do Livro

A UNESCO instituiu em 1995 o Dia Mundial do Livro. A data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial - foi a 23 de Abril de 1616 que faleceu Miguel de Cervantes e a 23 de Abril de 1899 nasceu Vladimir Nabokov. A data serve ainda para chamar a atenção para a  importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e desenvolvimento económico .  O dia 23 de Abril é também recordado como o dia em que nasceu e morreu o escritor inglês William Shakespeare.

A Memória é um Silêncio que Espera

O património do silêncio. Os livros acumulam-se pela casa. Cobrem as paredes, enchem as prateleiras dos armários. Aguardam-nos calados com suas páginas apertadas onde o pó e a humidade se infiltram. Disciplinados, exibem apenas o seu dorso curvo coberto de pele, ou então magro, estreito, de papel. A memória é um silêncio que espera, uma provação da paciência.  Ana Hatherly, in 'Tisanas'

Não estou pensando em nada

Não estou pensando em nada  E essa coisa central, que é coisa nenhuma,  É-me agradável como o ar da noite,  Fresco em contraste com o verão quente do dia,  Não estou pensando em nada, e que bom!  Pensar em nada  É ter a alma própria e inteira.  Pensar em nada  É viver intimamente  O fluxo e o refluxo da vida...  Não estou pensando em nada.  E como se me tivesse encostado mal.  Uma dor nas costas, ou num lado das costas,  Há um amargo de boca na minha alma:  É que, no fim de contas,  Não estou pensando em nada,  Mas realmente em nada,  Em nada...  Álvaro de Campos, in "Poemas"   Heterónimo de Fernando Pessoa

O Vício de Ler

O vício de ler tudo o que me caísse nas mãos ocupava o meu tempo livre e quase todo o das aulas. Podia recitar poemas completos do repertório popular que nessa altura eram de uso corrente na Colômbia, e os mais belos do Século de Ouro e do romantismo espanhóis, muitos deles aprendidos nos próprios textos do colégio. Estes conhecimentos extemporâneos na minha idade exasperavam os professores, pois cada vez que me faziam na aula qualquer pergunta difícil, respondia-lhes com uma citação literária ou com alguma ideia livresca que eles não estavam em condições de avaliar. O padre Mejia disse: «É um garoto afectado», para não dizer insuportável. Nunca tive que forçar a memória, pois os poemas e alguns trechos de boa prosa clássica ficavam-me gravados em três ou quatro releituras. Ganhei do padre prefeito a primeira caneta de tinta permanente que tive porque lhe recitei sem erros as cinquenta e sete décimas de «A vertigem», de Gaspar Núnez de Arce.  Lia nas aulas, com o livro aberto

Café?

Bom dia ;))) “ É melhor ser alegre que ser triste Alegria é a melhor coisa que existe. ”  Vinícius de Moraes

Carta de despedida de Garcia

A doença deixou que pudesse escrever livros mas não lhe retirou a força das palavras. Carta de despedida de Garcia “Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo o que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de  luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e disfrutaria de um bom gelado de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida vestiria simplesmente, jogar-me-ia de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como também a minha alma. Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas um p

Livres habitamos a substância do tempo

Esta é a madrugada que eu esperava  O dia inicial inteiro e limpo   Onde emergimos da noite e do silêncio  E livres habitamos a substância do tempo  Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'O Nome das Coisas'  

Adeus Gabo ;(

  O escritor colombiano e prémio Nobel da Literatura Gabriel García Márquez morreu hoje na Cidade do México aos 87 anos, informaram fontes familiares e media locais. "Mil anos de saudade e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos! Solidariedade e condolências à família", escreveu Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia, na sua conta no Twitter. No dia 15 de abril, a mulher e filhos de Gabriel García Márquez emitiram um comunicado em que reconheciam que o estado de saúde do escritor é "muito frágil" e sofre "risco de complicações". "A sua condição é estável, mas é muito frágil e corre risco de complicações de acordo com a idade (87 anos)", lia-se no comunicado assinado por Mercedes Barcha e pelos filhos. Gabriel Garcia Márquez regressou no início do mês a casa, na cidade do México, depois de uma hospitalização que durou uma semana, em resultado de uma infeção pulmonar, mas permanece em situação "delicada&qu

Estórias de quem conta estórias

Mais um excelente livro que já mora cá em casa :)) Grandes, pequenos, acessíveis, escondidos, originais, simples... estes pássaros extravagantes vivem nos mais díspares lugares. Tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas, as aves suscitam curiosidade e admiração.

Livro do Dia

Um livro que apetece reler lentamente, mal se acaba de ler.  Numa manhã chuvosa, uma mulher prepara-se para saltar de uma ponte, em Berna. Raimund convence-a a não fazê-lo, e consegue, mas depois a mulher desaparece. Tudo o que sabe é que é portuguesa. De tarde, entra numa livraria e, por acaso, descobre um livro de um autor português, Amadeu de Prado, que foi médico, poeta e resistente durante o salazarismo. Raimund é, desde há muito tempo, professor de latim e grego, o que já o entusiasma tão pouco como o seu casamento, já em estado de desagregação. Aprende português e, uma noite, mete-se num comboio para Lisboa, uma cidade que irá ser o local de todas as revelações: dos mistérios da vida humana, da coragem, do amor e da morte. Autor: Pascal Mercier Editora Dom Quixote

Bom dia...

Sorrindo!!

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?  As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos te

Anjo azul...

És o mais lindo anjo azul do mundo... E irás ser até ao último sopro de respiração da minha vida!!

Impulso

"Poucas coisas no mundo são mais poderosas que um impulso positivo - um sorriso . Um mundo de optimismo e esperança, um você consegue quando as coisas estão difíceis." Richard De Vos