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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2014

Ler na Brisa

Ultimo romance de Chico Buarque, o texto de consagração de um grande escritor. Brilhante, poético e comovente. Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história da sua linhagem, desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até ao tetraneto, um jovem do Rio de Janeiro actual. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e económica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos. «"Leite Derramado" é um livro maior, em que Chico Buarque dá um passo além de Budapeste e alcança na ficção a mesma potência vernácula e imaginativa de suas melhores canções […]. Chico Buarque escreveu um romance poderoso sobre o amor e a posse, a memória e a história.» Samuel Titan Jr., O Estado de S. Paulo Autor: Chico Buarque Editora D. Quixote

Pura vida!!

Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios. Martin Luther King

Ler na Brisa....

Existe lugar melhor para ler um bom livro??? O novo romance de José Eduardo Agualusa, "A Rainha Ginga", conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, “Ngola”, deu origem ao nome português para aquela região de África.É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história – tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje. Autor: José Eduardo Agualusa Editora Quezal

Tem dias assim...

N ão estou pensando em nada  E essa coisa central, que é coisa nenhuma,  É-me agradável como o ar da noite,  Fresco em contraste com o verão quente do dia,  Não estou pensando em nada, e que bom!  Pensar em nada  É ter a alma própria e inteira.  Pensar em nada  É viver intimamente  O fluxo e o refluxo da vida...  Não estou pensando em nada.  E como se me tivesse encostado mal.  Uma dor nas costas, ou num lado das costas,  Há um amargo de boca na minha alma:  É que, no fim de contas,  Não estou pensando em nada,  Mas realmente em nada,  Em nada...  Álvaro de Campos, in "Poemas"   Heterónimo de Fernando Pessoa

Livro do Dia

Editoriais do Diário de Notícias e crónicas publicadas no Diário de Lisboa, onde Saramago sublinha: «No meio de tantas palavras, não encontro senão duas que gostosamente apagaria se não fosse o escrúpulo de proteger o meu próprio respeito. É quando, uma e outra vez, falo de “jornalistas revolucionários”. Como se não bastasse a ingenuidade de os imaginar assim, ainda fui cair na presunção de me incluir no grupo. Ilusão minha, ilusão nossa.»Em Apontamentos, podemos seguir o olhar de Saramago, nomeadamente, sobre «os emigrantes, hoje e sempre»; «os franceses de torna-viagem»; «as regras da convivência»; «o eufemismo como política», ou «a resistência renegada». Ganhou a língua e toda a literatura portuguesa. Uma forma de conhecer com alguma profundidade o lado militante de José Saramago, que aqui surge de forma bastante evidente, ao contrário das suas obras de ficção, onde as convicções políticas, embora lá, aparecem de forma bastante mais diluída. Para descobrir a fase em que José

Morrer de Amor é Assim

Quem morre de tempo certo  ao cabo de um certo tempo  é a rosa do deserto  que tem raízes no vento.  Qual a medida de um verso  que fale do meu amor?  Não me chega o universo  porque o meu verso é maior.  Morrer de amor é assim  como uma causa perdida.  Eu sei, e falo por mim,  vou morrer cheio de vida.  Digo-te adeus, vou-me embora,  que os versos que eu te escrever  nunca os lerás, sei agora  que nunca aprendeste a ler.  Neste dia que se enquadra  no tempo que vai passar,  termino mais esta quadra  feita ao gosto popular.  Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'  

É Preciso Também não Ter Filosofia Nenhuma

Não basta abrir a janela  Para ver os campos e o rio.  Não é bastante não ser cego  Para ver as árvores e as flores.  É preciso também não ter filosofia nenhuma.  Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.  Há só cada um de nós, como uma cave.  Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;  E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,  Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.  Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"  

Livro do Dia

Poucos leitores parecem estar cientes de que Hermann Hesse, o autor de romances épicos como "O Lobo das Estepes" ou "Siddharta", também escreveu magníficos textos de prosa poética. Esta coletânea reúne os contos mais emblemáticos da obra do autor, e nela se inclui "Os Dois Irmãos" ("Die Beiden Brüder"), o seu primeiro trabalho em prosa, escrito quando Hesse tinha apenas dez anos, que é exemplo disso: imbuído de alguns dos imaginários e sentimentos típicos dos romances de Hesse, mas escrito com uma clareza e ressonância próprias, um sentimento de saudade para o amor e para a casa, é, simultaneamente, extremamente simples e profundamente poético. São pequenas histórias, em linguagem simples mas plenas de simbolismo e referências filosóficas que remetem para um mundo além da efabulação. A experiência como elemento unificador do homem e do universo, a busca de harmonia e unidade do indivíduo no seu confronto com o mundo são temas que perpassam

Morreu o escritor Rubem Alves aos 80 anos

Rubem Alves deu entrada no hospital com um quadro de insuficiência respiratória devido a uma pneumonia e estava internado desde 10 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pela manhã, o hospital informou que o estado de saúde do escritor se tinha agravado. Rubem Alves, casado e com três filhos, nasceu a 15 de setembro de 1933 em Dores da Boa Esperança, no sul de Minas Gerais, e morava em Campinas há décadas. O escritor era um dos intelectuais mais respeitados do Brasil, tendo publicado diversos artigos em jornais e revistas. Foi cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, teólogo, académico, autor de livros infantis e até psicanalista, segundo a sua página oficial na Internet. Filho de uma família protestante, Rubem Alves estudou teologia no seminário Presbiteriano do Sul, tendo sido pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas. Em 1963, viajou para Nova Iorque, onde fez uma pós-graduação e regressou à paróquia em Lavras, Mina

Para Ti

Foi para ti  que desfolhei a chuva  para ti soltei o perfume da terra  toquei no nada  e para ti foi tudo  Para ti criei todas as palavras  e todas me faltaram  no minuto em que talhei  o sabor do sempre  Para ti dei voz  às minhas mãos  abri os gomos do tempo  assaltei o mundo  e pensei que tudo estava em nós  nesse doce engano  de tudo sermos donos  sem nada termos  simplesmente porque era de noite  e não dormíamos  eu descia em teu peito  para me procurar  e antes que a escuridão  nos cingisse a cintura  ficávamos nos olhos  vivendo de um só  amando de uma só vida  Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"

Livro do Dia

A primeira vez que Eby Pim viu Lago Perdido foi num postal. Apenas uma fotografia antiga e algumas palavras num pequeno quadrado de papel pesado, mas quando o viu soube que estava a olhar para o seu futuro. Isso foi há metade de uma vida. Agora Lago Perdido está prestes a deslizar para o passado de Eby. O seu marido George faleceu há muito tempo. A maior parte da sua exigente família desapareceu. Tudo o que resta é uma velha estância de cabanas outrora encantadoras à beira do lago a sucumbirem ao calor e à humidade do Sul da Georgia, e um grupo de inadaptados fiéis atraídos para Lago Perdido ano após ano pelos seus próprios sonhos e desejos. É bastante, mas não o suficiente para impedir Eby de abrir mão de Lago Perdido e vendê-lo a um empreiteiro. Este é por isso o seu último verão no lago… Até que uma última oportunidade de reencontrar a família lhe bate à porta. Autor: Sarah Addison Allen  Editora Quinta Essência 

Sugestão

Sede assim — qualquer coisa  serena, isenta, fiel.  Flor que se cumpre,  sem pergunta.  Onda que se esforça,  por exercício desinteressado.  Lua que envolve igualmente  os noivos abraçados  e os soldados já frios.  Também como este ar da noite:  sussurrante de silêncios,  cheio de nascimentos e pétalas.  Igual à pedra detida,  sustentando seu demorado destino.  E à nuvem, leve e bela,  vivendo de nunca chegar a ser.  À cigarra, queimando-se em música,  ao camelo que mastiga sua longa solidão,  ao pássaro que procura o fim do mundo,  ao boi que vai com inocência para a morte.  Sede assim qualquer coisa  serena, isenta, fiel.  Não como o resto dos homens.  Cecília Meireles, in 'Mar Absoluto'

Livro do Dia

Cadernos de Buenos Aires «Com os anos, os cadernos foram-se acumulando em cima da minha secretária, enchendo-se de tudo o que me ocorria, desde o assunto mais trivial ao episódio mais nebuloso de um passado que se tornava a cada dia mais longínquo, à custa de um futuro cada vez mais presente e inescapável. Umas vezes com floridos relatos de acontecimentos passados; outras, deixando frases que pulavam insistentemente dentro da minha cabeça, sem qualquer direção definida, à procura de uma saída. No início, aquilo que de um modo geral dominava os meus escritos era o passado então recente, da existência que tinha deixado para trás em Lisboa. Mas com o tempo, a minha vida em Buenos Aires foi-se impondo lentamente, à medida que a memória se ia decidindo entre o que deixar para trás e o que deveria ser acomodado nos lugares próprios da minha alma cada vez menos desconhecida.» Autor: José Avilez Ogando Editora: Verbo

Coisas de mãe...

Sempre disse aos meus filhos que um dia a mãe e o pai iam ficar velhinhos e que contávamos que quando esse tempo chegasse pudesse mos contar com a ajuda deles. Ontem o meu filho Simão disse me que um dia eu ia deixar de ser mãe dele para ser filha... Perguntei porque é que ele estava a dizer aquilo que não entendia e que isso nunca podia acontecer porque eu ia ser sempre mãe dele. Então ele respondeu: _ Já te esqueceste que um dia vais ficar velhinha?? _Se eu vou cuidar de ti e do pai como vocês cuidam de mim então vão deixar de serem meus pais para serem meus filhos... Fantástico não é!!

Palavras

"As palavras são a nossa condenação. Com palavras se ama, com palavras se odeia. E, suprema irrisão, ama-se e odeia-se com as mesmas palavras!" Eugénio Andrade

Esperando...

Esperando um bocadinho de sol....

Happy Birthday to my :))))

Obrigada Filhotes pelo dia de hoje... Quero passar este dia sempre ao vosso lado, minhas prendinhas mais lindas... Obrigada por serem assim... Beijinhos da mãe que vós adora.