Avançar para o conteúdo principal

Coisas de Mãe ;)




Sílvia Alves nasceu em Trás-os-Montes. Frequentou o Curso de Ensino em Biologia e Geologia da Universidade do Minho. Durante doze anos foi professora de Ciências.É responsável, desde 1996, pela programação cultural do Bar Alinhavar, em Leiria. É, há dez anos, coordenadora editorial da Bruxinha, suplemento infantil do Semanário Região de Leiria. Escreve, desde 2004, a crónica “Alinhavos” no Região de Leiria.Colaborou na revista de micro-narrativa Minguante. E na revista Rodapé da Biblioteca José Saramago, em Beja.Escreveu sobre livros para crianças para a revista LER e para a revista de Literatura Infanto Juvenil Fada Morgana (Galiza). Conta histórias em escolas, bibliotecas e na Pediatria do Hospital de Santo André, em Leiria. “Coisas de Mãe”<\n>, Editora Paulinas, foi o seu primeiro livro para crianças pequenas e maiores.
 

Coisas de Mãe - Silvia Alves & João Caetano

 
 
 
 
 
 
 
«Num tempo em que não há caminhos feitos, todos podem andar por todo o lado e comer maçãs com cheiro de maçã!
Uma mãe adormece a filha com uma canção e histórias vindas dos montes do Norte com cheiro a pão de forno e cores de lantejoulas de ciganas…
Era uma vez… Uma formiga chamada Matilde farta de seguir o carreiro e com um sonho: deitar-se de barriga para o Sol e não pensar no Inverno, nem sequer no dia de amanhã!
- E depois?
Depois a mãe continua a contar. A menina ri!
E, todas as noites, adormece no meio de um abraço ao som do canto da mãe que espanta o medo dos lobos.»
 
Editora: Paulinas
 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A menina que queria ser maça

Quando perguntaram a Joaninha o que é que ela queria ser quando fosse grande (há sempre um dia em que um adulto nos faz essa pergunta), ela não hesitou: - Quando for grande quero ser maçã! Disse aquilo com tanta convicção que a mãe se assustou: - Maçã? A maior parte das crianças quer ser:  a)  astronauta  b)  médica/o  c) corredor de automóveis  d)  futebolista  e)  cantor/a  f)  presidente. Há algumas respostas mais originais: «Quero ser solteiro», confessou o filho de uma amiga minha. Conheço uma menininha que foi ainda mais ambiciosa: - Quando for grande quero ser feliz. Mas maçã? Joaninha, meu amor, maçã porquê? A pequena encolheu os ombos: «são tão lindas». Passaram-se os anos e a mãe pensou que ela se tinha esquecido daquilo. Mas não. No dia em que entrou para a escola a professora fez a todos os meninos a mesma pergunta: - Ora vamos lá a saber o que é que vocês querem ser quando forem grandes... Astronaut...

Poema da Auto-estrada

Ontem tive o prazer e ouvir este poema pelas vozes de cinco alunas da Escola Secundária de Arganil.  Foi tão bom, tão bom, que hoje andei o dia todo com este poema na cabeça ;)) Aqui vai o poema da Auto- Estrada... Voando vai para a praia Leonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. Leva calções de pirata, vermelho de alizarina, modelando a coxa fina, de impaciente nervura. como guache lustroso, amarelo de idantreno, blusinha de terileno desfraldada na cintura. Fuge, fuge, Leonoreta: Vai na brasa, de lambreta. Agarrada ao companheiro na volúpia da escapada pincha no banco traseiro em cada volta da estrada. Grita de medo fingido, que o receio não é com ela, mas por amor e cautela abraça-o pela cintura. Vai ditosa e bem segura. Com um rasgão na paisagem corta a lambreta afiada, engole as bermas da estrada e a rumorosa folhagem. Urrando, estremece a terra, bramir de rinoceronte, enfia pelo horizonte como um punhal que se enterra. Tudo...

Poesia de José Fanha

  Adorei!!         Poesia de José Fanha Editor: Lápis de Memórias   Publicado em 2012 este livro é uma coletânea de poemas escritos por José Fanha ao longo de mais de 40 anos. Considerado um dos maiores nomes da poesia portuguesa contemporânea, José Fanha é conhecido como poeta de intervenção cívica e pública, símbolo da luta pela liberdade e combate à exclusão. Nas suas mais variedades manifestações Fanha destaca-se pela forma única como trata todos de forma idêntica, sejam crianças ou adultos e defende que o “ local mais nobre para partilhar a palavra e fazer desaguar a poesia ” é a praça pública. Um dos meus favoritos ASAS Nós nascemos para ter asas meus amigos. Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós nascemos para ter asas. No entanto, em épocas remotas vieram com dedos pesados de ferrugem para gastar as nossas asas assim como se gastam tostões. Cortaram-nos as asas como se fôssemos apenas operários obe...