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Morreu o fotógrafo de Marilyn: Bert Stern

 
Bert Stern
 
 
 
 
 
 
Em 1962, ofereceu um canto de cisne a Marilyn Monroe: a sessão The Last Sitting.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



Teve um importante papel na redefinição da fotografia de publicidade e de moda nos anos 1950 e 1960, mas para o grande público ficará para sempre conhecido como o fotógrafo que captou o ícone Marilyn Monroe, seis meses antes da sua morte, para a revista Vogue.
Bert Stern morreu esta terça-feira, na sua casa de Manhattan, em Nova Iorque, aos 83 anos. A morte foi confirmada por uma amiga de longa data, Shannah Laumeister. Não se conhecem ainda as causas da morte.
As fotos de Marilyn Monroe, tiradas durante três dias em Junho de 1962, no hotel Bel-Air de Los Angeles, estão incluídas no livro Marilyn Monroe: The Last Sitting, editado em 2000.
“Foi uma experiência única ter Marilyn Monroe num quarto de hotel, apesar de ter sido transformado num estúdio para poder fazer o que queria”, haveria de proclamar Bert Stern no documentário de 2010 “Bert Stern: Original Madman”, realizado por Ms. Laumeister.
Muitas das fotos mostram Marilyn sem roupas, ou posando por detrás de lenços transparentes. “Eu não dizia, ‘posa nua’. Mas uma coisa acabava por levar à outra”, afirmou sobre a sessão.
Em várias entrevistas reforçava que tirar fotografias era uma forma de se aproximar de pessoas, de as compreender melhor e de se relacionar com elas de uma forma que não seria possível noutro contexto.
Ao longo da vida fotografou muitas actrizes, mas dizia preferir modelos porque projectam desejo e “é excitante fotografar o desejo”. Mas a sua carreira de 50 anos conheceu muitos momentos relevantes para lá de Marilyn, incluindo Jazz On A Summer’s Day, o documentário de 1959 sobre o festival de jazz de Newport de 1958, que foi seleccionado em 1999 pelo americano National Film Registry, em reconhecimento do seu significado histórico.
Ao lado de outros fotógrafos como Irving Penn, Richard Avedon ou Mark Shaw, fez parte de uma geração que apostava na clareza das imagens, ao mesmo tempo que ganhavam identidade e vida própria, ao contrário do que era até aí a norma, onde as fotos surgiam nas publicações essencialmente para servir de ilustração dos textos.
Nessa linha, em 1955, haveria de tirar uma das suas fotos mais conhecidas: close-up de um copo de martini no deserto do Egipto, com pirâmide a brilhar ao fundo. A imagem captada no local, com uma equipa de técnicos e modelos, para uma publicidade da vodka Smirnoff foi considerada extremamente inovadora pela simplicidade.
Segundo o New York Times, nas notas para uma exposição em Nova Iorque, Robert Sobieszek, curador daquele que é hoje o Museu Internacional de Fotografia e Filme na George Eastman House, considerou essa foto como aquela que, na época, viria a marcar uma ruptura, um antes e um depois, na fotografia de publicidade.



Fonte:http://www.publico.pt/cultura/noticia/morreu-o-fotografo-do-desejo-e-de-marilyn-bert-stern-1598576#/0

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