Avançar para o conteúdo principal

Peça sobre Florbela Espanca chega ao Brasil e à Polónia em 2014





É já no próximo ano que a Vocare vai internacionalizar a peça Espanca – Eu Não Sou de Ninguém, um projecto que pretende dar a conhecer a vida e obra de autores portugueses como Ary dos Santos, Bocage, Fernando Pessoa e Florbela Espanca. O Brasil e a Polónia vão ser palco deste espectáculo.
A produção profissional Espanca – Eu Não Sou de Ninguém conta com a participação de quatro actores, dois cantores e dez músicos, e a banda sonora é da autoria de Isabel Maya, responsável também pelo argumento e logística da peça. Os arranjos e a produção musical estão a cargo de Francisco Reis e Emma Sørås. A peça, encenada por Roberto Merino, debruça-se sobre a vida da escritora Florbela Espanca. Poemas tão celébres como Charneca em Flor, Realidade e Alvorecer são declamados pelo elenco.“Pretendíamos acima de tudo tornar a poesia acessível a todas as pessoas”, explica Isabel Maya ao PÚBLICO. “Sempre que falamos de poesia parece que estamos a falar de uma doença, uma vez que esta é proferida num tom de voz muito baixo. Queremos com este espectáculo mostrar a obra de Florbela, que é um pouco pesada mas de uma maneira mais leve, com pequenas notas biográficas e adereços”, acrescenta.Depois das apresentações no Rivoli Teatro Municipal, no Porto, a peça será apresentada no próximo ano em São Salvador da Bahia, Brasil, e em Varsóvia, Polónia. “Existem os acasos e os não acasos. A peça foi vista por pessoas que estavam ligadas à indústria e depois tudo acabou por acontecer”, justifica Isabel Maya sobre a internacionalização.A próxima produção Fernando Heteronimamente Só, sobre a vida de Fernando Pessoa, estreia a 10 de Outubro. A Vocare - Instituto Profissional da Voz e da Comunicação é uma escola de ensino artístico, sedeada no Porto.

Fonte:http://www.publico.pt/cultura/noticia/peca-sobre-florbela-espanca-chega-ao-brasil-e-a-polonia-em-2014-1601686
 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A menina que queria ser maça

Quando perguntaram a Joaninha o que é que ela queria ser quando fosse grande (há sempre um dia em que um adulto nos faz essa pergunta), ela não hesitou: - Quando for grande quero ser maçã! Disse aquilo com tanta convicção que a mãe se assustou: - Maçã? A maior parte das crianças quer ser:  a)  astronauta  b)  médica/o  c) corredor de automóveis  d)  futebolista  e)  cantor/a  f)  presidente. Há algumas respostas mais originais: «Quero ser solteiro», confessou o filho de uma amiga minha. Conheço uma menininha que foi ainda mais ambiciosa: - Quando for grande quero ser feliz. Mas maçã? Joaninha, meu amor, maçã porquê? A pequena encolheu os ombos: «são tão lindas». Passaram-se os anos e a mãe pensou que ela se tinha esquecido daquilo. Mas não. No dia em que entrou para a escola a professora fez a todos os meninos a mesma pergunta: - Ora vamos lá a saber o que é que vocês querem ser quando forem grandes... Astronaut...

Poema da Auto-estrada

Ontem tive o prazer e ouvir este poema pelas vozes de cinco alunas da Escola Secundária de Arganil.  Foi tão bom, tão bom, que hoje andei o dia todo com este poema na cabeça ;)) Aqui vai o poema da Auto- Estrada... Voando vai para a praia Leonor na estrada preta. Vai na brasa, de lambreta. Leva calções de pirata, vermelho de alizarina, modelando a coxa fina, de impaciente nervura. como guache lustroso, amarelo de idantreno, blusinha de terileno desfraldada na cintura. Fuge, fuge, Leonoreta: Vai na brasa, de lambreta. Agarrada ao companheiro na volúpia da escapada pincha no banco traseiro em cada volta da estrada. Grita de medo fingido, que o receio não é com ela, mas por amor e cautela abraça-o pela cintura. Vai ditosa e bem segura. Com um rasgão na paisagem corta a lambreta afiada, engole as bermas da estrada e a rumorosa folhagem. Urrando, estremece a terra, bramir de rinoceronte, enfia pelo horizonte como um punhal que se enterra. Tudo...

Poesia de José Fanha

  Adorei!!         Poesia de José Fanha Editor: Lápis de Memórias   Publicado em 2012 este livro é uma coletânea de poemas escritos por José Fanha ao longo de mais de 40 anos. Considerado um dos maiores nomes da poesia portuguesa contemporânea, José Fanha é conhecido como poeta de intervenção cívica e pública, símbolo da luta pela liberdade e combate à exclusão. Nas suas mais variedades manifestações Fanha destaca-se pela forma única como trata todos de forma idêntica, sejam crianças ou adultos e defende que o “ local mais nobre para partilhar a palavra e fazer desaguar a poesia ” é a praça pública. Um dos meus favoritos ASAS Nós nascemos para ter asas meus amigos. Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós nascemos para ter asas. No entanto, em épocas remotas vieram com dedos pesados de ferrugem para gastar as nossas asas assim como se gastam tostões. Cortaram-nos as asas como se fôssemos apenas operários obe...