A Associação de escritoras e escritores em língua galega, que atribui o prémio, justifica a escolha pelo «compromisso ético» de Lídia Jorge com as causas da dignidade do povo português e por ter uma vasta obra na qual a mulher ocupa um lugar central. Ouvida pela TSF, Lídia Jorge confessa que ficou sensibilizada pelo prémio que distingue uma «inquietação permanente», diz a escritora. Lídia Jorge entende que esta distinção é ainda mais importante por causa da situação que o país atravessa, no entanto, realça que a escrita não é uma arma tão forte como as pessoas podem pensar. Lídia Jorge junta-se assim, a nomes como Pepetela, Mamouhd Darwish, António Gamoneda ou José Luis Sampedro. Natural de Boliqueime, Lídia Jorge estreou-se na literatura em 1980, com "O dia dos prodígios", tendo já publicado uma dezena de romances, uma peça, dois títulos infanto-juvenis, um ensaio e quatro livros de contos. "Cais das Merendas", &qu