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A mostrar mensagens de maio, 2013

Nem mais!!

Novas Coisas da China

Novas Coisas da China Antonio Caeiro A China e as suas mudanças políticas, económicas e sociais vertiginosas relatadas pela pena arguta de um jornalista português em Pequim António Caeiro é jornalista profissional há quase 40 anos, 17 dos quais passados como repórter a falar das mudanças na China e da vida dos chineses aos portugueses, através da agência Lusa. Desde que Caeiro chegou ao país, em 1991, tem assistido a uma espiral imparável de mudanças, políticas, económicas e sociais, que transformaram radicalmente a China. Dotado de um fino humor, o seu livro “Novas Coisas da China (“Mudo logo Existo”) retrata a realidade pura e simples. Por vezes, uma realidade muito séria, outras a realidade muito cómica de uma nação gigantesca em processo de mudança rapidíssima. Quando lhe pedimos que explique o que é hoje a China, se capitalista se comunista, Caeiro hesita e diz que essa pergunta é recorrente mas de resposta difícil. “Como definir a China”, interro

Lídia Jorge é distinguida hoje com o título "Escritora Galega Universal"

                                A Associação de escritoras e escritores em língua galega, que atribui o prémio, justifica a escolha pelo «compromisso ético» de Lídia Jorge com as causas da dignidade do povo português e por ter uma vasta obra na qual a mulher ocupa um lugar central. Ouvida pela TSF, Lídia Jorge confessa que ficou sensibilizada pelo prémio que distingue uma «inquietação permanente», diz a escritora. Lídia Jorge entende que esta distinção é ainda mais importante por causa da situação que o país atravessa, no entanto, realça que a escrita não é uma arma tão forte como as pessoas podem pensar. Lídia Jorge junta-se assim, a nomes como Pepetela, Mamouhd Darwish, António Gamoneda ou José Luis Sampedro. Natural de Boliqueime, Lídia Jorge estreou-se na literatura em 1980, com "O dia dos prodígios", tendo já publicado uma dezena de romances, uma peça, dois títulos infanto-juvenis, um ensaio e quatro livros de contos. "Cais das Merendas", &qu

O Silêncio

Quando a ternura parece já do seu ofício fatigada, e o sono, a mais incerta barca, inda demora, quando azuis irrompem os teus olhos e procuram nos meus navegação segura, é que eu te falo das palavras desamparadas e desertas, pelo silêncio fascinadas. Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"

Estórias de quem conta estórias

Gosto muito! Avós Chema Heras Rosa Osuna Tradução: Alexandre Faria A avó sorriu e foi ver-se ao espelho: -Sou feia como uma galinha sem penas. -Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol! E faz o favor de te despachar que temos de ir dançar PRÉMIO LLIBRETER 2003 SELECÇÃO ‘OS MELHORES’ 2004 (BANCO DO LIVRO DA VENEZUELA)              

Costurando Histórias...

Temos que utilizar algumas estratégias para prender as crianças aos livros :))). E esta parece resultar muito bem. Pê de Pai de Isabel Minhós e Bernardo Carvalho do Planeta Tangerina A que sabe a Lua de Michael Grejniec da Kalandraka

dahhhhh!!

e agora...

O elogio do amor

Não resisti a este texto...:))       "Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas,

Escritor Mia Couto ganha Prémio Camões

Mia Couto ganha Prémio Camões 2013 Vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa é o escritor moçambicano autor de livros como Raiz de Orvalho , Terra Sonâmbula e A Confissão da Leoa . É o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de José Craveirinha em 1991. O júri justificou a distinção de Mia Couto tendo em conta a “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”, segundo disse à agência Lusa José Carlos Vasconcelos, um dos jurados. A obra de Mia Couto, “inicialmente, foi muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade”, acrescentou Vasconcelos. Além disso, conseguiu “passar do local para o global”, numa produção que já conta 30 livros, que tem extravasado as suas fronteiras nacionais e tem “tido um grande reconhecimento da crítica”. Os seus livros estão, de resto

Quero uma cama só para mim....

Eu so sei que acordo assim... :))) :)))

"...os teus olhos são peixes verdes."

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor , já se não passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza que tod

Always Nina

Nina Simone Adoro!! Nina Simone, cujo nome verdadeiro era Eunice Waymon, nasceu a 21 de Fevereiro de 1933 em Tryon (Carolina do Norte, EUA), sendo a sexta de sete irmãos de uma família bastante pobre de pastores metodistas. Aos 4 anos começou a tocar piano de forma exemplar. Com a ajuda de um professor de música, que criou o “Fundo Eunice Waymon”, ela conseguiu continuar a sua educação musical. Aliás, foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Julliard School of Music, em Nova Iorque. Para conseguir ajudar financeiramente a sua família, ela começou a trabalhar num bar onde mais tarde lhe foi dito que teria de cantar. Sem ter oportunidade para se aperceber do que lhe estava a acontecer, Eunice, que tinha sido treinada para ser uma pianista clássica, entrou no mundo do show business. Aos 20 anos adoptou o nome de Nina Simone: “Nina” veio de “pequena” (“little one”) e “Simone” foi uma homenagem à grande actriz do cinema francês Simone Signoret, a sua prefe

Herberto Helder publica Servidões

Herberto Helder publica Servidões Chega na segunda-feira às livrarias, com a chancela da Assírio & Alvim, do grupo Porto Editora, um novo livro de Herberto Helder,  Servidões , que reúne largas dezenas de poemas inéditos. A notícia foi avançada nesta terça-feira pelo grupo Porto Editora, que presumivelmente obedeceu aos desejos do autor ao só anunciar agora a existência do livro e ao dispensar qualquer sessão de lançamento. Tal como os anteriores títulos de Herberto Helder,  Servidões  não será reeditado autonomamente, embora seja de admitir que venha a integrar uma próxima edição de Ofício Cantante, a sua poesia completa. Dado que a tiragem deste novo livro não excederá os cinco mil exemplares, tudo indica que terá o mesmo destino de  A Faca Não Corta o Fogo , de 2008, que se esgotou num mês. A primeira impressão que Servidões provoca em quem acabou de ler o livro talvez se deixe dizer melhor numa expressão inglesa: he did it again. Mais uma vez, depois de a ener

Rainha D. Amélia

Rainha D. Amélia - uma Biografia José Alberto Ribeiro «Nunca compreendi o que é que se passou no Terreiro do Paço. Porquê tanto ódio, tanto sangue? Porque é que fizeram aquilo? Eu que não pensava a não ser no bem do meu povo?...(...) Foi necessário eu sofrer tanto para que vocês me amem tanto, mulheres do povo. Vós, mulheres, viúvas como eu, que eram jovens quando eu também era jovem, ofereceram-me flores e lágrimas… Quem sabe se quando fizer a minha última viagem a Portugal elas me irão oferecer flores de novo?». Amada por uns, odiada por outros, D. Amélia de Orleães, a última rainha de Portugal, viveu num mundo em grandes transformações políticas, sociais e culturais. Princesa de França, mas portuguesa de coração, assistiu ao assassinato do marido e do filho, príncipe herdeiro, a tiro de carabina em pleno Terreiro do Paço e ao fim da monarquia num país que a havia acolhido com entusiasmo. Rumou ao exílio primeiro em Inglaterra depois em França, viveu a Primeira Guer

Quando...

Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma Se soubesse que amanhã morria E a Primavera era depois de amanhã, Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo. Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é. Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" Heterónimo de Fernando Pessoa  

Feira do Livro Coimbra

Para quem diz que em Penacova não se passa nada.

Hoje vou falar  da Associação Andante da minha amiga Cristina e do Fernando Ladeira pessoas que muito estimo. Andante é uma companhia de teatro que tem como objectivo principal a promoção da leitura, a sedução de leitores. Transformamos livros de poesia, romances, contos, em espectáculos de teatro. Integra o programa de itinerâncias culturais da Direção-Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas no âmbito dos objectivos do Plano Nacional de Leitura     A Andante é um projecto teatral com o objectivo de promover a leitura. Não trabalham em teatros mas sim em bibliotecas. Os textos que usam – poemas, principalmente – são representados e não declamados. São até contra a declamação. Os actores representam personagens, num cenário, acompanhados sempre por um grande trabalho de sonoplastia. Parece teatro, não parece? E é. Aos livros retiramos as palavras, depois envolvemo-las na sua própria sonoridade e acrescentamos sons e músicas. Misturamos tudo e s

Saturday morning...

Era aqui que eu queria estar agora... Tem que ser!!:(((

Quando contas...

Quando contas contos nunca contas que contas contos nem que contos contas contas contos e que contos contas a quem quer escutar é da tua conta contam os contos que contas contas com os contos quando os contos contas à conta de tanto conto contar não cotas com que quando contas contos contos contas e não te encontras... ( Livro Trava-línguas / Luísa Costa Gomes)               "Deus disse,disse enquanto a videira cresce que eu não dormisse,não dormisse..."

Amigo...

Soneto do Amigo Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado. É bom sentá-lo novamente ao lado Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado E como sempre singular comigo. Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover E a disfarçar com o meu próprio engano. O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer E o espelho de minha alma multiplica... Vinicius de Moraes

Liberdade

Porque ainda existem lugares onde as crianças brincam livremente :))

Nada é Certo

Ninguém avança pela vida em linha recta. Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inelutávelmente para trás, atolados no caminho. Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar. Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"    

Hoje o meu livro é...

Um Livro para Todos os Dias Isabel Minhós Martins / Bernardo Carvalho Cada manhã traz-nos sempre um dia por estrear, um dia por abrir, um dia por desembrulhar… Mais tarde, quando fazemos o balanço dos dias, encontramos dias para todos os gostos, desde aqueles verdadeiramente memoráveis, aos que passam por nós quase sem darmos por eles. Um livro pelo qual desfilam muitos dias e momentos, capazes de nos transportar através da memória dos nossos próprios dias.  Um livro para crianças crescidas e também para adultos que gostam de livros ilustrados. Recomendado por Gulbenkian/Casa da Leitura  

A mágia dos livros com Katsumi komagata

Katsumi komagata É com sabedoria, beleza e simplicidade que o designer gráfico japonês Katsumi Komagata aposta em nós . Enquanto todos os objetos desenvolvidos para crianças são feitos de materiais resistentes, o artista usa da delicadeza para ensinar às crianças que tudo na vida é frágil – inclusive as relações humanas. Numa mistura perfeita e abstrata, Komagata ultrapassa a classificação de livro infantil para nos apresentar obras de arte, daquelas que nos convidam ao manuseio e contato físico intenso. O simples de Komagata é muito mais complexo do que se imagina. É um caminho de desenvolvimento em que todos podem participar. A história de Komagata com os livros vem da sua relação com a filha, há mais de 20 anos. O contato  visual foi o ponto de partida para que o artista estabelecesse um laço afetivo através da comunicação. Após perceber que os olhinhos da filha seguiam as cores brilhantes das suas criações, ele nunca mais parou e acabou em se especializar em livr

Morreu cantor francês Georges Moustaki

      O cantor francês de origem grega, Georges Moustaki, autor de canções que se tornaram clássicos como "Milrod" e "Le Métèque" , morreu esta manhã aos 79 anos. Nascido no Egito, filho de pais gregos, Moustaki colaborou com nomes grandes da canção francesa como Édith Piaf e Yves Montand, mas a relação do cantor com vozes e poetas brasileiros e com Portugal foi também muito estreita. George Moustaki teve uma forte ligação à lingua portuguesa sobretudo por causa da paixão pela música brasileira. Foi amigo de Vinicius de Moraes, Gilberto Gil e Elis Regina e também do escritor Jorge Amado. Durante muitos anos transportou para a sua música grandes causas, como a da libertação dos povos sujeitos às opressões de regimes ditatoriais e a "proclamação da boa hora permanente" (tal como canta numa das suas canções mais famosas). Não estranhou por isso que a Revolução de Abril, conhecida por Revolução dos Cravos, não lhe fosse indiferente, tendo lançado

Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

  Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O