A Associação de escritoras e escritores em língua galega, que atribui o prémio, justifica a escolha pelo «compromisso ético» de Lídia Jorge com as causas da dignidade do povo português e por ter uma vasta obra na qual a mulher ocupa um lugar central.
Ouvida pela TSF, Lídia Jorge confessa que ficou sensibilizada pelo prémio que distingue uma «inquietação permanente», diz a escritora.
Lídia Jorge entende que esta distinção é ainda mais importante por causa da situação que o país atravessa, no entanto, realça que a escrita não é uma arma tão forte como as pessoas podem pensar.
Lídia Jorge junta-se assim, a nomes como Pepetela, Mamouhd Darwish, António Gamoneda ou José Luis Sampedro.
Natural de Boliqueime, Lídia Jorge estreou-se na literatura em 1980, com "O dia dos prodígios", tendo já publicado uma dezena de romances, uma peça, dois títulos infanto-juvenis, um ensaio e quatro livros de contos.
"Cais das Merendas", "Notícia da Cidade Silvestre", "O Vale da Paixão", "O Vento Assobiando nas Gruas" e "A Noite das Mulheres Cantoras" são alguns dos títulos dos seus romances.
"A Maçon" constitui a sua única experiência na área da dramaturgia.
A autora recebeu vários prémios, entre os quais o Malheiro Dias, da Academia das Ciências de Lisboa, em 1981, o Dom Dinis, da Fundação Casa de Mateus, em 1988, o Jean Monet de Literatura Europeia para o Escritor do Ano, em 2000, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 2002, e o Prémio Michel Brisset, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses, em 2008.
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