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Always Nina

Nina Simone

Adoro!!

Nina Simone, cujo nome verdadeiro era Eunice Waymon, nasceu a 21 de Fevereiro de 1933 em Tryon (Carolina do Norte, EUA), sendo a sexta de sete irmãos de uma família bastante pobre de pastores metodistas.

Aos 4 anos começou a tocar piano de forma exemplar. Com a ajuda de um professor de música, que criou o “Fundo Eunice Waymon”, ela conseguiu continuar a sua educação musical. Aliás, foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Julliard School of Music, em Nova Iorque.

Para conseguir ajudar financeiramente a sua família, ela começou a trabalhar num bar onde mais tarde lhe foi dito que teria de cantar. Sem ter oportunidade para se aperceber do que lhe estava a acontecer, Eunice, que tinha sido treinada para ser uma pianista clássica, entrou no mundo do show business. Aos 20 anos adoptou o nome de Nina Simone: “Nina” veio de “pequena” (“little one”) e “Simone” foi uma homenagem à grande actriz do cinema francês Simone Signoret, a sua preferida.

Nos fins dos anos 50, Nina gravou as primeiras faixas do seu álbum “Bethlehem”. Temas como “Plain gold ring”, “Don’t smoke in bed” e “Little girl blue” rapidamente se tornaram grandes êxitos. A canção “I loves you, Porgy” da ópera “Porgy e Bess” tornou-se um grande êxito e Nina tornou-se uma estrela, actuando em Town Hall, Carnegie Hall e no Newport Jazz Festival.

Desde o início da sua carreira que Nina incluiu no seu repertório estilos tão distintos como o jazz, gospel, música clássica, folk, blues, pop, canções de musicais e óperas, cânticos africanos, assim como composições pessoais. Para além da mestria que Nina possuía a trabalhar em diferentes estilos musicais, algo que a tornava única era a forma como usava o silêncio como elemento musical. A verdade é que ao vivo esta artista enfeitiçava o público com o seu talento. Activista na luta contra o racismo, chegou mesmo a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. A sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino activista da causa negra, que aborda o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963. Aliás, muitas das canções de Nina referem-se aos direitos civis, tais como “Why? The king of love is dead”, “Go limp”, “To be young”, “Gifted and black”.

Após vários sucessos, Nina sentiu que tinha sido manipulada pelas editoras. Revoltada com a indústria discográfica, show business e racismo, abandonou os EUA em 1974 para as Barbados. Nos anos seguintes viveu na Suiça, Holanda, e por fim, no sul de França (Carry-le-Rouet), onde acabou por falecer a 21 de Abril de 2003 por doença prolongada. Conforme o seu desejo, as suas cinzas foram espalhadas em diferentes países africanos.

Detentora de inúmeros prémios entre os quais vários Grammys, que mais não foram do que um reconhecimento do seu talento, Nina recebeu ainda um Doutoramento Honoris Causa em Música e Humanidades. Sem dúvida, Nina foi, é e será sempre uma das maiores cantoras e compositoras dos nossos tempos.



              

 












Fonte: http://blitz.sapo.pt/nina-simone-biografia=f27642#ixzz2UUsq3LN7

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